quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Nacional embalado para a disputa do título




Falando dessa Libertadores 2011 que promete vejamos como anda uma das equipes favoritas ao título: o Nacional de Montevidéu. Caindo no chamado grupo da morte, que conta ainda com Argentinos Juniors, Fluminense e América do México, o Nacional vem com grandes destaques em sua equipe. A maior estrela de sua companhia é sem dúvidas o brilhante meio-campo argentino Marcelo Gallardo. Vascaínos não têm boas recordações dele. Suas bolas na trave ainda estão vivas em suas memórias, mesmo tendo eliminado o River Plate, clube onde Gallardo teve o auge de seu futebol. E é em busca desse futebol que o Nacional o contratou. Sua técnica incrível e visão de jogo apurada são seu ponto forte para levar El Decano a frente.

Porém, os destaques do clube uruguaio não param por aí. O meio-campo Raúl Ferro, que foi o melhor jogador da equipe na Libertadores de 2010, continua em 2011. Seu futebol alia força e técnica, é um jogador que não desiste de uma jogada e sempre está brigando pelos espaços para chutar a gol. Portanto, cuidado com ele.

Há ainda o volante brasileiro Anderson Silva, que retorna ao futebol uruguaio depois de atuar na Inglaterra e para o clube que o projetou. É considerado contratação de peso no Uruguai.

Além destes três jogadores, o Nacional possui uma equipe coesa, de futebol aguerrido, de muita raça, apesar de pesado em campo. Então quando a bola rolar, todos saberemos que a batalha começou.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mazembe x Internacional



O Internacional começou mais agressivo, porém atacando de forma inteligente. Isso resultou em duas chances claras de gol, no que seguiu encurralando o adversário, que abusou das faltas para matar o ataque do Internacional.
Aos 10 minutos, o Internacional, em toques rápidos, levou a bola dentro da área e quase Rafael Sóbis abriu o placar, numa chance incrivelmente perdida. Logo em seguida o Mazembe respondeu em um velocíssimo contra-ataque, quase marcando. E aos 13, novamente o Mazembe põe o Internacional em risco em um bom chute de longe de Kabangu.
A partir daí o Internacional passou a prender mais a bola, chamando o Mazembe para sair de seu campo defensivo. Isso equilibrou a partida e surtiu resultados em dois momentos: aos 18 e 21, D’Alessandro e Tinga, respectivamente, de cabeça tiveram boas chances para a equipe sul-americana.
Aos 22, o Mazembe, em um rápido contra-ataque, quase abre o placar. O que também ocorreu aos 41, sempre pela direita do Internacional.
Logo no início do 2º tempo, o time africano alça uma bola na área, Caluyituka tem tempo de girar na frente do zagueiro para quase marcar. O Internacional pressiona e um jogador do Mazembe faz falta violenta em Rafael Sóbis. Desta vez foi o Internacional que quase marcou na cobrança de D’Alessandro, que um jogador da barreira desviou.
E eis que aos7 minutos o Colorado sofre um golpe derradeiro: o Mazembe alça uma bola na entrada da área, a bola é escorada de cabeça para o ótimo Kabangu receber livre, dar dois toques sem deixar a bola cair, tirando Índio do lance e acertando o ângulo esquerdo do goleiro Renan, que nada pôde fazer.
Assim o Mazembe, recuado, passou a explorar os contra-ataques.
Aos 10 minutos, em cobrança de escanteio, Índio subiu sozinho para cabecear muito mal. A esta hora apenas Tinga articulava as jogadas para o Internacional, fazendo a ligação da defesa ao ataque.
Rafael Sóbis, o melhor em campo pelo Internacional, teve duas ótimas chances de marcar: aos 14, quando recebeu livre dentro da área e bateu forte, para a defesa do grande goleiro Kidiaba, um verdadeiro monstro no gol, e aos 19, quando recebeu um cruzamento pela esquerda e cabeceou com perigo.
Aos 17, Alecsandro, completamente inoperante, e Tinga são substituídos. D’Alessandro sumiu na partida. Aos 24 minutos, Giuliano, cara a cara com o goleiro, perde outra chance incrível, porque Kidiaba fez defesa milagrosa.
A partir daí o Internacional sentiu o nervosismo, tanto que aos 30 minutos Kabangu, de falta, quase amplia. Renan rebate para escanteio. E enquanto a estrela do Mazembe brilhava, a de Celso Roth, técnico da equipe brasileira, apagava as últimas chances dos sul-americanos: inexplicavelmente substituiu o atacante Rafael Sóbis pelo meia Oscar.
Nei, de fora da área, arrisca aos 33 e quase marca. Então o Internacional passa a errar tudo: passes, lançamentos, jogadas ensaiadas, comete faltas desnecessárias.
Aos 40 veio o tiro de misericórdia: Kidiaba, não satisfeito em fechar o gol, dá um preciso lançamento a Caluyituka, que recebe sozinho pela esquerda, pedala ninguém menos que Guiñazu e bate à direita de Renan. Assim o Mazembe faz jus a alcunha de Todo Poderoso calando a torcida colorada classificando-se para a final do Mundial de Clubes da Fifa.

domingo, 12 de dezembro de 2010

És La Muerte



E eis que surge mais um grupo da morte para a Libertadores da América 2011. Y la muerte llama Nacional, Argentinos Juniors, Fluminense e América do México. As quatro equipes caíram no grupo 3. Com Argentinos Juniors como campeão argentino do Clausura, Nacional como vice-campeão uruguaio, Fluminense como o campeão brasileiro e América do México como melhor colocado mexicano. Desses 4 apenas 2 seguirão adiante diretamente. E os 4 são francos favoritos à conquista do título. Apesar de esta edição da Taça Libertadores não ter a presença dos ilustres Boca Juniors e River Plate, ela tem tudo para ser a mais disputada dos últimos anos. Além de que, em se tratando de Libertadores, as zebras sempre correm por fora.
Deixando de lado o oba-oba em torno destas equipes, vamos ao que interessa, que é o potencial de cada uma delas: o Argentinos Juniors vem embalado como a melhor equipe argentina do momento. Conquistou o título com antecedência e tem um futebol rápido. O Nacional é sempre tido como o time a ser batido, fez uma boa participação esse ano e é simplesmente impossível não sentir a pressão do estádio Parque Central, muitas vezes comparado à Bombonera e ao Monumental de Nuñez. O Fluminense por ser uma equipe brasileira já atrai as atenções para si. Chegou cansado ao final de seu campeonato nacional, mas o elenco por si só já assusta e, naturalmente, virá com reforços para o próximo ano. Foi o vice-campeão em 2008, eliminando os papões Boca Juniors e São Paulo. A torcida apóia bastante, mas não é de fazer baderna em frente a hotéis e campos de treinamentos. O América do México é um clube que se pode dizer experiente em Libertadores. Participou de uma final suspeitíssima contra o Boca Juniors e ficou marcado na memória de flamenguistas e santistas. É o time do ótimo Salvador Cabañas, que ainda não retornou ao futebol.
Deixando o oba-oba de lado e já palpitando, porque nossa proposta não é ficar em cima do muro: com uma certeza quase divinatória o campeão desta edição sairá deste grupo. Porque há as equipes mais equilibradas e com melhor desempenho em seus campeonatos nacionais. Mas em se tratando desta competição, as outras equipes e zebras ainda podem aprontar. O próprio nome – Libertadores da América – já nos remete a grandes momentos futebolísticos e históricos de muita gana pela vitória, e superação dos limites.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mazembe X Pachuca


Este primeiro post é só uma prévia do virá pela frente. Já que o blog se propõe a cobrir a equipes latino-americanas desfavorecidas pela mídia brasileira – e aqui excluímos os times brasileiros – em campeonatos internacionais – Libertadores da América, Copa Sulamericana e Mundial de Clubes –, resolvemos trazer:

Mazembe X Pachuca

O Mazembe, quatro vezes campeão da África, começou os primeiros minutos à frente, mas sem objetividade, apenas no vigor físico. Já o Pachuca, também quatro vezes campeão da Concacaf, mostrou-se mais seguro, tentando sair de seu campo com volume de jogo. Aos 8 minutos, o time mexicano equilibrou a partida, com mais objetividade, toque de bola, jogadas ensaiadas – como o 1-2 e lançamentos.
Aos 10 minutos, Manso acertou uma bola na trave para o Pachuca. Todos no estádio esperavam pelo gol. O troco do time congolês veio aos 13. Kabangu, ao melhor estilo Ronaldinho Gaúcho, achou Bedi livre, que bateu para o gol do goleiro Calero.
Após o gol, o Pachuca sentiu o golpe, errando cruzamentos, matadas de bola e seus principais jogadores – Manso, Luna e Cvitanich – não se encontravam. Isso levou o Mazembe ao ataque, que dominou até aos 33 minutos, onde Manso levou perigo com uma ótima cobrança de falta, desviada pelo defensor Congolês. O Mazembe ainda respondeu aos 34, num bom chute, mas O Pachuca pressionou até o fim do 1º tempo.
O 2º tempo iniciou com ambas as equipes em equilíbrio, com o Mazembe abusando das faltas. A partir dos 9 minutos, o Pachuca passou a ir mais a frente e Manso perdeu duas oportunidades – numa delas furou bisonhamente. Jogando mais atrás, nos passes e lançamentos, melhorou seu rendimento com duas boas assistências.
O Pachuca mexeu mal e tirou seu mais habilidoso jogador, o lateral esquerdo Luna. Aos 15 o Pachuca voltou a assustar com um chute de longe de Torres, que resvalou na trave do ótimo goleiro Kidiaba. O jogo voltou a equilibrar, com o Mazembe subindo nos contra-ataques. Isso porque o time asteca não dava atenção à marcação dos atacantes adversários.
Aos 30 o Mazembe perde um jogador expulso em falta violenta. Manso quase empata. A partir de então a pressão do Pachuca resultou apenas em nervosismo, em pouca objetividade. Ainda nos acréscimos o Mazembe quase fechou o caixão dos mexicanos, que responderam em cobrança de falta de Manso, que Kidiaba encaixou com perfeição.
O destaque desta partida ficou para o meia Kabangu, pela visão de jogo, e o goleiro Kidiaba, por defesas milagrosas, pela segurança e pela dancinha na comemorações. Ainda pelo lado congolês, a maravilhosa bandinha de metais não parou um só instante, muito lembrando uma partida de Libertadores da América. Já pelo lado mexicano, a precisão dos passes de Manso quase levaram o Pachuca ao empate, e talvez até mesmo à virada.