quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cerro Porteño x Deportivo Petare

Em Assunção no Paraguai, Estádio General Pablo Rojas, a torcida do Cerro Porteño protagonizou episódio lamentável – uma briga entre seus próprios torcedores paralisou a partida por 4 minutos, e justo em momento de pressão da equipe local – e uma grande festa ao final da partida.
O Cerro Porteño começou o jogo melhor, mais empostado na frente, ao que o Deportivo Petare – antigo Deportivo Italia, que mudou de nome para se desvencilhar da herança italiana e buscar novos torcedores na periferia da cidade de Petare – buscava os contra ataques. A referência da equipe paraguaia foi o atacante argentino Nanni: todas as jogadas o buscavam para a finalização. Porém o jogo seguiu em tom morno.
A partir dos 32 minutos, o Cerro se encontra na partida e impõe sua pressão. Lucero aparece no jogo e Nanni finaliza para fora. Aos 33, chute de longe de Julio assusta o goleiro e aos 35, outro lançamento em profundidade para Lucero, que cruza para Nanni na meia lua bater de canela para cima. A pressão seguiu até o término do primeiro tempo, enquanto o Deportivo Petare conseguiu uma boa chance de gol, no que seu atacante não chegou a tempo para receber o lançamento.
O segundo tempo começou eletrizante, mostrando aos torcedores que a Libertadores 2011 já começou. O Deportivo Petare voltou aceso. Logo no 1º minuto, Guaza arrancou pela direita no melhor estilo Guerron, passou pelo marcador, cruzou para Sinisterra, que chegou adiantado na bola e deixou passar.
O Cerro respondeu com ótimos contra ataques. E o jogo ficou bem dinâmico, mais aberto, onde cada equipe atacava por vez. Os Porteños dependiam da inteligência de Lucero para cadenciar as jogadas e decidiu parar de buscar exclusivamente Nanni, encontrando boas alternativas em Julio. O Deportivo Petare procurava acionar Guaza, explorando sua velocidade.
Aos12 minutos, o Cerro equilibrou a partida e inibiu as subidas do Petare. A torcida passou, então, a jogar com o time, alertando, inclusive, a defesa, cantando as jogadas.
Os 24, num ótimo lançamento, Nanni de cabeça abriu o placar, sem chances para o goleiro da equipe Venezuelana. O Deportivo sentiu o gol e o Cerro Porteño dominou amplamente. Numa boa jogada do recém contratado atacante Pavlo, ele interceptou uma bola da defesa, girou na frente dos marcadores e chutou forte para a defesa do goleiro: poderia ter sido o segundo dos paraguaios.
E Pavlo entrou tão bem que aos 31, marcado por três, conseguiu espaço para chutar por cima dos defensores e a bola descair para difícil defesa do goleiro adversário.
Apenas aos 38 minutos, o Cerro diminuiu o ritmo, e o Deportivo tentou ocupar os espaços, mas o time já não se encontrava mais em campo. O nervosismo imperou mostrando a deficiência técnica de alguns jogadores.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Liverpool (Uru) x Grêmio




Liverpool de Montevidéu e Grêmio estrearam na Libertadores da América fazendo jus ao acirramento pelo qual a competição é conhecida. Desacreditada até mesmo pela imprensa de seu país, o Liverpool mostrou-se um time funcional e rápido quando envolve seus três principais jogadores: o ótimo meia Franco, e os atacantes Guevara e Alfaro.
Mas foi o Grêmio que começou melhor: logo aos 6 minutos marcou. Uma bola levantada na área, o goleiro uruguaio complicou-se dentro da pequena área e André Lima, ex-Botafogo, cabeceou torto, apesar de livre. A bola bateu no travessão e tocou o corpo do goleiro, entrando para as redes.
Rapidamente o time uruguaio respondeu, acionando seu melhor jogador em campo, Franco, que numa cobrança estupenda de falta colocou a bola nas redes, porque o goleiro gremista estava adiantado.
O Liverpool equilibrou a partida, mas o Grêmio voltou ao ataque, e numa cobrança de falta, Douglas alçou a bola na área e mais uma vez o goleiro uruguaio falhou bisonhamente, juntamente com sua defesa, que deixou André Lima sozinho para cabecear. Mas este foi solidário com a defesa uruguaia e também errou a cabeçada, no que matou o goleiro do Liverpool, que não conseguiu alcançar a bola: Grêmio 2x1.
A partir daí, a equipe de Montevidéu sentiu o golpe e os brasileiros dominaram. Lampejos de jogadas somente saíram dos pés de Franco. E foi ele mesmo que cobrou o escanteio direto na cabeça de Guevara, cabeceando no contrapé do goleiro Vítor.
Desta vez foi o Grêmio que sentiu e a partida que dominava passou a ser equilibrada.
No segundo tempo, a equipe do Liverpool melhorou, chegando até mesmo a encurralar o Grêmio e tendo boas chances de virar o placar. Aos 12 minutos, após insistência do atacante Alfaro, ele conseguiu ganhar mais uma disputa com o lateral Gabriel, cruzou na área e Franco, sem ângulo, conseguiu achar espaço para bater e assustar o goleiro gremista.
Aos 28, um fato lamentável e desnecessário ocorreu: em dividida com o goleiro Castro, André Lima chuta o uruguaio e a confusão se generaliza, paralisando a partida por alguns minutos. André Lima leva cartão amarelo.
O Liverpool segue pressionando, mas com a saída de Franco, o melhor jogador da partida, sua equipe perdeu o poder de criação das jogadas. Alfaro assumiu a responsabilidade, porém sem a mesma qualidade técnica. E o jogou seguiu para seu término assim. Para quem achava que a Libertadores dependia apenas de times brasileiros este foi um grande recado dado pelo modesto Liverpool do Uruguai.

E a Concacaf vem aí com cobertura do Libertadores y America...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Independiente x Deportivo Quito


O primeiro tempo desta abertura da Libertadores da América 2011 foi para ser esquecido para os Rojos. Jogo de qualidade técnica muito ruim onde ambas as equipes nada criaram no decorrer da partida. Ambos abusaram de faltas – com uma proporção muito maior por parte dos equatorianos, que retiraram um jogador do Independiente da partida logo em seu início.
O Independiente dominou todo o 1º tempo enquanto a equipe equatoriana apenas se defendia com todos os seus jogadores atrás. Ninguém soube porquê o técnico Mohamed insistiu em prender seus 3 zagueiros na defesa. Apenas aos 40 minutos o Independiente acordou e acelerou seu ritmo para marcar, mas foi em vão.
Já no 2º tempo El Rojo veio pressionando e muito mais veloz. Tanto que tiveram três oportunidades de gol e marcaram aos 4 minutos, com o ex-corinthiano Defederico. Em um cruzamento pela esquerda, o defensor cortou mal e acabou ajeitando para ele marcar de trivela para o gol: 1x0.
Logo em seguida veio a resposta do Deportivo. Mas a bola foi tocada para fora. O Independiente recuou, o Deportivo ocupou esses espaços. Aos 18, um grande lançamento para a área argentina, Perea deixou passar e sobrou para o ex-santista Quiñonez tocar para o gol vazio, mas inacreditavelmente ele matou a bola, esperando os defensores chegar para chutar em cima deles. Resultado? Foi sacado do time. Em seu lugar entrou o argentino Rodas.
Aos 24 o Independiente se lança ao ataque e, numa cobrança de falta, Rodríguez recebe livre de marcação para ampliar o marcador. Assim, praticamente sepultou as chances equatorianas, que por sinal tem uma defesa muito fraca que se complica sozinha. Após o segundo gol, um festival de erros grotescos foram encenados pelo Deportivo Quito.
Ainda próximo do fim da partida, o Independiente quase marcou o terceiro: Rodríguez arrancou com o último fôlego que lhe restara, partiu para dentro da área, deixou Parra livre para escolher o canto e fuzilar. É, mas Parra se solidarizou aos seus companheiros equatorianos de Libertadores nas lambanças. Resolveu matar a bola, olhar, esquecer o que iria fazer, para ser desarmado por eles.
Respondendo ao leitor Raphael, que tanto gostou dos chifrinhos vermelhos no túnel de saída para os vestiários: a camisa azul do Independiente é uma superstição tradicional da equipe. No primeiro jogo eles vão a campo de azul, no segundo de vermelho. O escudo bem diferente do atual nesta camisa é uma homenagem ao antigo escudo. E aí vai um link da bola oficial Nike T90 Ascente desta Libertadores da América que você acompanha aqui, no seu blog de futebol latino-americano.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

À espera do Independiente

Outra equipe que vem levando a sério sua preparação para a Libertadores da América é argentino Independiente. El Rojo já contratou dois jogadores fundamentais para a disputa da competição: o lateral esquerdo colombiano Iván Vélez, que já defendeu o Once Caldas e o meia ex-corinthiano Matías Defederico, que retorna ao seu país de origem. Além destes dois reforços, o Independiente ainda manterá o time campeão da Copa Sulamericana 2010 - vencida numa final eletrizante contra o Goiás.
El Rojo segue se preparando nas areias do Mar del Plata para a disputa da fase eliminatória da Libertadores, que será dia 25 de janeiro contra o Deportivo Quito. E o técnico Mohamed espera confiante, porque 2011 reserva muito trabalho para o Independiente, que terá pela frente, além da Libertadores, a Recopa Sulamericana contra o Internacional, o Torneio Suruga Bank contra o Jubilo Iwata do Japão e, claro, o Campeonato Argentino.